segunda-feira, 18 de maio de 2009

Pentágono financia pesquisa de telepatia

A Darpa, agência que ajudou a criar a internet e que financia as pesquisas do brasileiro Miguel Nicolelis, terá um projeto próprio para criar um leitor de pensamentos para ajudar soldados dos EUA
REDAÇÃO ÉPOCA
Divulgação / Army.mil
INOVAÇÃO
No futuro, telepartia pode ser mais uma vantagem das tropas americanas

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos tem uma divisão de pesquisa avançada que é pouco conhecida do grande público mas que é responsável por algumas das mais importantes inovações da nossa sociedade. É a Darpa, sigla de Defense Advanced Research Project Agency (em português: Agência de Projeto e Pesquisa Avançada de Defesa) que, quando ainda não tinha a letra “d” em seu nome, inventou a Arpanet, precursora da internet – que permite a você, para dizer o mínimo, ler este texto. Agora, a Darpa está investindo em uma tecnologia que pode manter os EUA como líder militar do mundo por muito tempo – a telepatia. 

De acordo com o blog 
Danger Room, da revista americana Wired, a abertura de um programa chamado Silent Talk (ou conversa silenciosa) está incluída no orçamento da agência para este ano, com uma verba de US$ 4 milhões. A intenção da Darpa é tentar identificar os sinais neurais existentes na mente humana antes de eles serem vocalizados e inventar uma tecnologia que permita transferir esta “pré-fala” para o interlocutor desejado. Esse processo seria feito por meio de uma eletroencefalografia – o registro gráfico das ondas cerebrais. O resultado seria um equipamento que tornaria mais ágeis e seguras as comunicações entre os soldados no front.

Segundo a Darpa, o primeiro estágio da pesquisa prevê o mapeamento das ondas cerebrais. O segundo é a análise dos padrões para saber se eles se aplicam a todas as pessoas e, por fim, a construção de um protótipo. De acordo com o
Danger Room, o projeto é semelhante a uma pesquisa da Universidade da Califórnia financiada pelo Exército e deve dividir as atenções com um outro estudo da Darpa que pretende criar binóculos capazes de ler a mente – e que funcionariam a partir da detecção dos pensamentos dos inimigos quando eles ainda estivessem no subconsciente.

Resultados muito mais palpáveis para os projetos financiados pela Darpa nesta área foram observados na Universidade Duke, na Carolina do Norte. Lá, a equipe liderada pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis conseguiu, em 1999, fazer com que uma macaca movimentasse um braço robô usando apenas o pensamento. Em janeiro do ano passado, um macaco conseguiu controlar o andar de um robô, em uma pesquisa que pode dar o Nobel ao brasileiro. 

Tudo isso pode parecer muito bizarro, mas o fato é que a Darpa tem um histórico de sucesso. Criada em 1957, após os Estados Unidos terem sido derrotados pela União Soviética na corrida para colocar o primeiro satélite artificial em órbita (os soviéticos conseguiram lançar o Sputnik em 1957 e ainda mandaram Yuri Gagarin para o espaço em 1961), a Darpa deu origem à Nasa, a agência espacial dos EUA, e, mais tarde, iniciou a pesquisa que culminou na internet atual. Se há alguma agência capaz de criar uma inovação de impacto tão grande como a da telepatia, certamente é a Darpa

Partículas possuem carga superior a 100 bilhões de eletrons-volt, provavelmente gerada por um pulsar.

Cientistas que trabalham com dados do Telescópio Espacial Fermi, da Nasa, confirmaram recentemente a presença de uma intensa fonte de raios cósmicos relativamente próxima do Sistema Solar. Segundo os pesquisadores as partículas possuem carga superior a 100 bilhões de eletrons-volt, provavelmente gerada por um pulsar.

Os dados foram detectados pelo telescópio espacial de raios gama Fermi, através do instrumento LAT (Telescópio de Grande Área) a bordo do observatório.

"Apesar do LAT ser um detector de raios gama de última geração, ele também é uma ferramenta fabulosa na investigação dos elétrons de alta-energia dos raios cósmicos", disse Alexander Moiseev, ligado ao Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa.

Os raios cósmicos são elétrons, pósitrons e núcleos atômicos que se movimentam quase à velocidade da luz e que segundo os pesquisadores têm origens em locais exóticos dentro da nossa galáxia, especialmente nos destroços estelares.

Ao contrário dos raios gama, os raios cósmicos são desviados pelos campos magnéticos encontrados no espaço, fazendo com que o caminho dessas partículas não siga um padrão retilíneo. Segundo Moiseev, os sinais captados mostram um número muito maior de partículas com energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt.

No entender do cientista Luca Baldini, membro da equipe de Moiseev, se as partículas detectadas tivessem partido de objetos muito distantes, sua energia seria muito menor, mas o excesso de partículas altamente carregadas indica que a fonte está muito próxima.

Baldini explica que caso exista mesmo essa fonte emitindo elétrons e pósitrons sobre nós, sem dúvida é um pulsar.

Pulsar

Estrelas de nêutrons são um dos vários estágios finais da vida de uma estrela. Elas são criadas quando estrelas com massa superior a oito vezes a do Sol esgotam sua energia nuclear e passam por uma violenta explosão, chamada supernova.

Um pulsar é uma estrela de nêutrons que gira muito rapidamente. Durante sua rotação, um feixe de energia que é emitido continuamente atinge a Terra e pode ser detectado em diversos comprimentos de onda, desde a luz visível, ondas de rádio, raios-x e raios-gama.

O período dos feixes emitidos pelos pulsares varia entre 1.4 milissegundo até 8.5 segundos e são tão precisos quanto os relógios atômicos.

O feixe de energia emitido é consequência direta do intenso campo magnético e do movimento rápido da estrela. O feixe de partículas altamente carregadas é expulso do pólo magnético da estrela próximo à velocidade da Luz e à medida que a estrela gira pode ser detectado na Terra ou pelos telescópios espaciais.

Arte: Diagrama de emissão de energia de um pulsar. Igual a um farol na praia, à medida que a estrela gira o feixe de energia é dirigido para diferentes partes do espaço. Crédito: Nasa/Rob Gutro/Goddard Space Flight Center.

Cientistas que trabalham com dados do Telescópio Espacial Fermi, da Nasa, confirmaram recentemente a presença de uma intensa fonte de raios cósmicos relativamente próxima do Sistema Solar. Segundo os pesquisadores as partículas possuem carga superior a 100 bilhões de eletrons-volt, provavelmente gerada por um pulsar.

Os dados foram detectados pelo telescópio espacial de raios gama Fermi, através do instrumento LAT (Telescópio de Grande Área) a bordo do observatório.

"Apesar do LAT ser um detector de raios gama de última geração, ele também é uma ferramenta fabulosa na investigação dos elétrons de alta-energia dos raios cósmicos", disse Alexander Moiseev, ligado ao Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa.

Os raios cósmicos são elétrons, pósitrons e núcleos atômicos que se movimentam quase à velocidade da luz e que segundo os pesquisadores têm origens em locais exóticos dentro da nossa galáxia, especialmente nos destroços estelares.

Ao contrário dos raios gama, os raios cósmicos são desviados pelos campos magnéticos encontrados no espaço, fazendo com que o caminho dessas partículas não siga um padrão retilíneo. Segundo Moiseev, os sinais captados mostram um número muito maior de partículas com energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt.

No entender do cientista Luca Baldini, membro da equipe de Moiseev, se as partículas detectadas tivessem partido de objetos muito distantes, sua energia seria muito menor, mas o excesso de partículas altamente carregadas indica que a fonte está muito próxima.

Baldini explica que caso exista mesmo essa fonte emitindo elétrons e pósitrons sobre nós, sem dúvida é um pulsar.

Pulsar

Estrelas de nêutrons são um dos vários estágios finais da vida de uma estrela. Elas são criadas quando estrelas com massa superior a oito vezes a do Sol esgotam sua energia nuclear e passam por uma violenta explosão, chamada supernova.

Um pulsar é uma estrela de nêutrons que gira muito rapidamente. Durante sua rotação, um feixe de energia que é emitido continuamente atinge a Terra e pode ser detectado em diversos comprimentos de onda, desde a luz visível, ondas de rádio, raios-x e raios-gama.

O período dos feixes emitidos pelos pulsares varia entre 1.4 milissegundo até 8.5 segundos e são tão precisos quanto os relógios atômicos.

O feixe de energia emitido é consequência direta do intenso campo magnético e do movimento rápido da estrela. O feixe de partículas altamente carregadas é expulso do pólo magnético da estrela próximo à velocidade da Luz e à medida que a estrela gira pode ser detectado na Terra ou pelos telescópios espaciais.

Arte: Diagrama de emissão de energia de um pulsar. Igual a um farol na praia, à medida que a estrela gira o feixe de energia é dirigido para diferentes partes do espaço. Crédito: Nasa/Rob Gutro/Goddard Space Flight Center.

Publicado por Tarik na US
Fonte: IG